[Resenha] - Livro: Diana - Sua verdadeira história

O livro "Diana - Sua verdadeira história em suas próprias palavras", escrito por Andrew Morton e publicado pela editora Best Seller, mostra o lado triste do conto de fadas vivido pela princesa Diana.

De acordo com a biografia, o casamento com Charles foi um verdadeiro pesadelo para ela. A família real inglesa precisava de uma esposa simpática para o príncipe, mas tudo para manter as aparências. O homem sempre manteve a seu lado a amante - e atual esposa - Camila.

Isso magoava profundamente Diana, que precisava lidar com a exposição excessiva da vida pública sem o mínimo apoio dentro de casa (ou castelo rsrs). Sua válvula de escape era o trabalho voluntário e humanitário. Ela ficava feliz ao fazer o bem, ao dar carinho para quem precisava.

Uma infância marcada pela sensação de abandono deu inícios aos traços tristes da princesa. Mesmo rica e amada, a separação dos pais deixou mágoas na menina. Já adulta, a possibilidade de se casar com o príncipe da Inglaterra parecia o passaporte para a felicidade.

No entanto, ele nunca a amou de volta e tinha inveja de sua popularidade. Mesmo com muitos esforços para conquistá-lo e afastá-lo de Camila, tudo o que Diana conseguia era indiferença e humilhação. A rainha Elizabeth jamais esteve ao lado da princesa, nem mesmo a ensinou a se comportar como membro da família real ou  sequer falou sobre as mudanças pelas quais a vida da jovem passaria.

Uma das fotos que ilustram o livro.
O nascimento dos filhos William e Harry causou grande emoção em Diana. Porém, mesmo nesses momentos felizes, Charles conseguia estragar tudo. Ele ficou bravo ao saber que o segundo filho era homem (queria manter a "tradição" de sempre existir uma menina na família real) e mais ainda por ver que ele era ruivo (!!). Ele culpou Diana pelo filho ser ruivo!

Os detalhes da vida conjugal eram passados a Andrew através de gravações feitas pela princesa e entregues a empregados do castelo. Esse "contrabando" de informações pessoais era super secreto, pois os demais membros da família real não podiam desconfiar de nada. A intenção de Diana era contar a história sob o seu olhar, a sua versão, expor a verdade sobre Charles. Ela aceitou compartilhar essas memórias com o autor porque desejava ser ouvida. A narrativa menciona os amantes de Diana superficialmente.

A separação é outro tópico angustiante. O maior medo de Diana era ser proibida de ver os príncipes William e Harry, por isso adiou tanto a decisão. A situação estava tão insustentável que até mesmo a rainha concordou com o divórcio. Quando Lady Di finalmente estava livre, feliz e apaixonada por um outro homem (Dodi Al-Fayed), sua breve vida chegou ao fim.
Opinião: Pelo que entendi, o livro foi lançado quando Diana estava viva e depois reeditado após a morte dela. Fiquei triste por ver o quanto Diana foi infeliz. A apuração dos fatos pelo autor parece ter sido intensa, com detalhes concedidos pela própria princesa. Além de uma infância rica, mas sem a atenção de que ela precisava, Diana sofreu muito com um marido controlador, abusivo, mentiroso e cruel. Não foi uma leitura rápida, nem leve. Fiquei nervosa em muitos trechos e admito que o livro é totalmente parcial. De toda forma, a versão "oficial" da história todos nós conhecemos, né? Uma família real  bondosa, caridosa, especial e querida. O outro lado destes nobres que vivem totalmente alheios à realidade foi bem destacado na obra.

Avaliação: 
Lady Di, Charles, Harry e William.

Comentários

  1. Oi Thaís!
    A leitura parece interessante, mas não seria um livro ao qual eu leria no momento, estou mais nos livros leves.

    Beijos
    www.paginadaleitura.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. Ei, Lidiane! Obrigada pelo comentário :) Se está procurando leveza, realmente não recomendo. Além de ser triste, o livro tem um texto meio confuso. Beijo

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