[Resenha] - Livro: Lolita

A personagem principal do livro, escrito em 1955 por Vladimir Nabokov, é uma criança chamada Dolores privada de sua infância por conta de um homem que por ela era doentiamente apaixonado. Humbert Humbert é o nome do narrador que conta em detalhes a origem da obsessão por meninas e toda a história vivida com “sua” Lolita, como era apelidada.

Divorciado, deixou a Europa e começou vida nova nos Estados Unidos. Por força do acaso acabou sendo levado para a casa de uma mulher chamada Charlotte que lhe ofereceu um quarto pelo qual pagaria um modesto aluguel. Estava prestes a recusar a proposta quando viu no quintal a filha dela: morena, ingênua, travessa, classificada por ele como “ninfeta”. Decidiu ficar.

Ele passava a maior parte do tempo tentando sentir a presença de Lô na casa, vendo-a, imaginando coisas. Não demorou para que tanto a mãe quanto a menina se encantassem por ele, um “bonitão”. O sentimento da menina, no entanto, era de admiração e confusão, enquanto a mãe queria tê-lo como marido.

Acabou por casar-se com Charlotte e esta, um dia, depois de encontrar papéis nos quais ele a descrevia como sendo “a velha” e revelava as intenções com a jovem, saiu de casa com pressa para entregar cartas aos parentes narrando o ocorrido e tomando providencias para que ele jamais chegasse perto de Dolores.

Morreu antes de chegar à caixa de correio, atropelada. As cartas foram destruídas por Humbert. Aliviado e sem culpa na morte – pelo menos não diretamente -, buscou Dolores no acampamento em que estava durante os últimos acontecimentos e iniciou com ela uma viagem que parecia não ter fim. Custou a revelar-lhe que era agora uma órfã e, quando o fez, atemorizou a pequena dizendo que, se não ficasse junto dele, sofreria em orfanatos, completamente sozinha.

Tornou-se sua amante. Inicialmente por vontade própria. Já havia “namorado” um menino do tal acampamento, sabia algumas coisas. Mas era uma criança! E ele deveria ser seu pai e não o monstro velado que era.  Ela tomou consciência disso apenas alguns anos mais tarde, quando se fixaram numa cidade e ela pode frequentar a escola novamente. Deixou de gostar da situação, mas não existia outra alternativa. Ou talvez uma apenas... fugir.

Opinião: Não foi uma leitura fácil para mim. O vocabulário e a forma com que Nabokov escreve foram fatores positivos, no entanto o tema me causou estranheza e angústia que não permitiram que as coisas fluíssem bem. Variou e muito no estilo que costumo admirar, mas mesmo assim recomendaria aos leitores mais corajosos. Eu já havia lido a primeira parte quando estava na sétima série, com aproximadamente a mesma idade da ninfeta. Na época achei ainda mais forte e parei pela metade justamente por não possuir maturidade o suficiente para entender as intenções do autor da obra. Pesado. Triste.
Avaliação:

Até o próximo post! Beijos

Comentários

  1. Thaís, na primeira vez que tentei ler "Lolita", também estava aproximadamente na 7ª série e, novamente, como você, achei a história muito densa e doentia estando numa idade tão próxima da própria Lolita. Deixei o livro de lado e retomei a leitura no ano passado, por acaso. Ao fim, acabei admirando imensamente a história e a escrita genial de Nabokov que, acima de qualquer coisa, escreveu um livro sobre o uma estranha forma de amar.
    Para mim, valeu a pena.

    Beijo!

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    1. Que coincidência, Ana! :) Também admirei essa temática tão... exótica. Obrigada por compartilhar aqui sua experiência literária! rs Beijos

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  2. Eu quero me aventurar, acho que vou gostar bastante. Já está na minha listinha já faz algum tempo... adoro desafios o/
    beijos
    Amy - Macchiato

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    1. Se gosta de desafios então irá mesmo curtir, Aymée! E, a propósito, seu nome é muito bonito! Beijos

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  3. Gostei da resenha Thais, vou colocar na minha lista de livros que pretendo ler e tenho certeza que vou gostar. beijos

    Visite: http://paparicando-me.blogspot.com.br/

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  4. Que resenha maravilhosa!! Adorei, quero devorar este livro, fiquei muito intrigada!!!

    Xoxo
    http://amigadaleitora.blogspot.com.br

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  5. Sempre quis ler esse livro, porque ele sempre me intrigou. Quem sabe leio ele ainda esse ano ...

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  6. Um livro que eu achava conhecido. Achava, porque a sinopse (que não tinha lido ainda) fez mudar a opinião. Dentre criticas positivas e outras não tanto (em outros blogs), acho que merece ser 'encarado'. Em breve na minha lista de lidos ^^

    _
    http://cantinadolivro.blogspot.com.br

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    1. Oi Carlos! Passei lá na "Cantina do Livro" e gostei bastante, estou seguindo. Encare "Lolita" sim! :)

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  7. Nossa! Nunca tinha ouvido falar mas o cenário e o enredo de casos amorosos entrelaçados me chamou a atenção!
    Beijão!
    http://joicy-santos.blogspot.com.br/

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    1. Obrigada pelo comentário, Joicy! E bota "entrelaçado" nisso! Muita confusão! haha
      Beijos!

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  8. Obrigada, Bruna! Passarei no seu agora para conhecê-lo!

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  9. Amei a resenha, parabéns. Bom eu tenho a idade bem próxima da lolita, então muitos dizem que eu sou muito nova pra ler, eu me considero esperta o suficiente para entender a intenção da obra, então eu resolvi que esse é o próximo que eu lerei.

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  10. Comentando 2 anos depois de ser postado,rs.
    Terminei de ler esse livro há pouco tempo e me apaixonei,concordo que é um tanto polêmico por causa da pedofilia mas eu prefiro ver como uma estória de amor. Esse o jeito que Humbert fala de Lolita...ah! ♥ faz até com que o leitor se apaixone por ela (pelo menos,aconteceu comigo) enfim,amei sua resenha ^-^

    bussoladeprata.blogspot.com

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